segunda-feira, 31 de agosto de 2015

POLÍTICAS EDUCACIONAIS, LEGISLAÇÕES E SUAS IMPLICAÇÕES PARA A ORGANIZAÇÃO DA ATIVIDADE ESCOLAR A PARTIR DA DÉCADA DE 60_Maria Sílvia Bacila Winkeler

POLÍTICAS EDUCACIONAIS, LEGISLAÇÕES E SUAS IMPLICAÇÕES PARA A ORGANIZAÇÃO DA ATIVIDADE ESCOLAR A PARTIR DA DÉCADA DE 60
Maria Sílvia Bacila Winkeler
A Política Educacional constitui-se em uma das Políticas Públicas Sociais do país.
Essa Política é de responsabilidade do Estado, com base em organismos políticos e entidades da sociedade civil, na qual se estabelece um processo de tomada de decisões que resultam nas normatizações do país, nossa Legislação.
Faz-se presente por meio da Legislação Educacional. Historicamente, o Brasil contou com poucas iniciativas em termos de Políticas Educacionais, tendo um grande marco o Manifesto dos Pioneiros, em 1932, movimento da Escola Nova, contendo 27 educadores, sendo os mais expressivos Anísio Teixeira, Lourenço Filho, dentre outros.

A partir de 60:
  • Com o governo João Goulart, surge a 1ª legislação relacionada à educação:
LEI 4024/61
  • Foi publicada em 20 de dezembro de 1961,  quase trinta anos após ser prevista pela Constituição de 1934.  
  • O primeiro projeto de lei foi encaminhado pelo poder executivo ao legislativo em 1948, foram necessários 13 anos de debate até o texto final.
O que diz a lei para a ORGANIZAÇÃO ESCOLAR?

  • Art. 30: Obrigatoriedade de matrícula nos quatro anos do ensino primário;

  • Art. 10: mais autonomia aos órgãos estaduais, diminuindo a centralização do poder no MEC;
·         Art. 8 e 9: Regulamenta a existência dos Conselhos Estaduais de Educação e do Conselho Federal de Educação.

SEGUNDO SAVIANI (2010, p. 305),

“Na vigência da lei, a primeira providência tomada foi a instalação do Conselho Federal de Educação (CFE), o que ocorreu em fevereiro de 1962. Para a composição do órgão, contou-se com a ‘clarividência de Anísio Teixeira’, conforme depoimento de Newton Sucupira”.

INVESTIMENTO EM EDUCAÇÃO
Art. 92: Garante o empenho de 12% do orçamento da União e 20% dos municípios com a educação.
SAVIANI (2010, P. 305) CONTA,
“Também foi Anísio quem cuidou, ainda em 1962, da elaboração do Plano Nacional de Educação previsto no parágrafo 2º do artigo 92 da LDB. [...] Pelo mencionado artigo 92, a LDB elevou para 12% a obrigação mínima dos recursos federais para o ensino, que a Constituição de 1946 havia fixado em 10%, mantendo em 20% a obrigação de estados e Distrito Federal. “Determinou, ainda, pelo parágrafo 1º desse mesmo artigo que, com nove décimos dos recursos federais, deviam ser constituídos, com parcelas iguais, três fundos,um para o ensino primário,outro para o ensino médio e o terceiro para o ensino superior. E, no parágrafo 2º, atribuiu ao CFE a tarefa de elaborar o Plano de Educação referente aos três fundos”.

E QUANTO À FORMAÇÃO DE PROFESSORES?
Art. 54. As escolas normais, de grau ginasial expedirão o diploma de regente de ensino primário, e, as de grau colegial, o de professor primário.
Art. 55. Os institutos de educação além dos cursos de grau médio referidos no artigo 53, ministrarão cursos de especialização, de administradores escolares e de aperfeiçoamento, abertos aos graduados.
Art. 57. A formação de professores, orientadores e supervisores para as escolas rurais primárias poderá ser feita em estabelecimentos que lhes prescrevem a integração no meio.
Art. 59. A formação de professores para o ensino médio será feita nas faculdades de filosofia, ciências e letras e a de professores de disciplinas específicas de ensino médio técnico em cursos especiais de educação técnica.
ALUNOS COM DEFICIÊNCIA

Art. 88. A educação de excepcionais, deve, no que for possível, enquadrar-se no sistema geral de educação, a fim de integrá-los na comunidade.
Art. 89. Toda iniciativa privada considerada eficiente pelos conselhos estaduais de educação, e relativa à educação de excepcionais, receberá dos poderes públicos tratamento especial mediante bolsas de estudo, empréstimos e subvenções.

NA MARCHA DA HISTÓRIA
Tendo como pano de fundo os princípios da racionalidade técnica, eficiência e produtividade, em 1969:
Decreto 464, de 11 de fev. entra em vigor a reforma universitária instruída pela lei 5540 de 28 de nov. de 1968. Neste dia 11 de fev. foi aprovado o Parecer CFE n.77/69 que regulamentou a implantação da pós-graduação.

AINDA EM 1969:

Deu-se a aprovação do Parecer CFE n. 252, que introduziu as habilitações técnicas no curso de Pedagogia.

SAVIANI (2010, P. 365) RESSALTA,

Nessa tendência produtivista:
“Máximo resultado com o mínimo dispêndio” e “não duplicação de meios para fins idênticos”.

EM 11 DE AGOSTO DE 1971:

Foi aprovada a lei 5692/71, durante o regime militar pelo presidente Emílio Garrastazu Médici.

COM A 5692/71, SEGUNDO SAVIANI (2010):

“... Buscou-se estender essa tendência produtivista a todas as escolas do país, por meio da pedagogia tecnicista, convertida em pedagogia oficial. Já a partir da metade dos anos de 1970, adentrando pelos anos de 1980, essa orientação esteve na mira das tendências críticas, mas manteve-se como política educacional”.

A  5692/71

Art. 4: Prevê um núcleo comum para o currículo de 1º e 2º graus e uma parte diversificada em função das peculiaridades locais.

Art. 7: Inclui a educação moral e cívica, educação física, educação artística e programas de saúde como matérias obrigatórias do currículo. Mantém o ensino religioso facultativo.

Art. 8: organização do currículo por série e disciplina.

INVESTIMENTO

Art. 59: Os municípios devem gastar 20% de seu orçamento com educação, não prevê dotação orçamentária para a União ou os estados.

ALUNOS COM DEFICIÊNCIA
Art. 9º Os alunos que apresentem deficiências físicas ou mentais, os que se encontrem em atraso considerável quanto à idade regular de matrícula e os superdotados deverão receber tratamento especial, de acordo com as normas fixadas pelos competentes Conselhos de Educação.

OBRIGATORIEDADE

Art. 17. O ensino de 1º grau destina-se à formação da criança e do pré-adolescente, variando em conteúdo e métodos segundo as fases de desenvolvimento dos alunos.
Art. 18. O ensino de 1º grau terá a duração de oito anos letivos e compreenderá, anualmente, pelo menos 720 horas de atividades.

A FORMAÇÃO DE PROFESSORES?

Art. 29. A formação de professores e especialistas para o ensino de 1º e 2º graus será feita em níveis que se elevem progressivamente, ajustando-se as diferenças culturais de cada região do País, e com orientação que atenda aos objetivos específicos de cada grau, às características das disciplinas, áreas de estudo ou atividades e às fases de desenvolvimento dos educandos.

Art. 30. Exigir-se-á como formação mínima para o exercício do magistério:
a) no ensino de 1º grau, da 1ª à 4ª séries, habilitação específica de 2º grau;
b) no ensino de 1º grau, da 1ª à 8ª séries, habilitação específica de grau superior, ao nível de graduação, representada por licenciatura de 1o grau, obtida em curso de curta duração;
c) em todo o ensino de 1º e 2º graus, habilitação específica obtida em curso superior de graduação correspondente a licenciatura plena.
§ 1º Os professores a que se refere a letra "a" poderão lecionar na 5ª e 6ª séries do ensino de 1º grau se a sua habilitação houver sido obtida em quatro séries ou, quando em três, mediante estudos adicionais correspondentes a um ano letivo que incluirão, quando for o caso, formação pedagógica.

COMENTA SAVIANI (2010, P. 365)

“Embora flexibilizada, permaneceu nessa posição mesmo na Nova República, que decorreu da abertura ‘lenta, gradual e segura’. Na década de 1990, já refuncionalizada, a visão produtivista, suplantando a ênfase na qualidade social da educação que marcou os projetos de Lei de Diretrizes e Bases da Educação na Câmara Federal, constituiu-se na referência para o Projeto Darcy Ribeiro”
NA MARCHA DA HISTÓRIA...
Após a divulgação das ideias da Conferência Mundial sobre Educação para Todos, em Jomtiem, 1990, explicita-se a necessidade de um projeto político pedagógico para nortear a educação de qualidade, da qual o País muito carecia / carece.

EM 20 DE DEZEMBRO DE 1996:

Foi sancionada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso e pelo ministro da educação Paulo Renato Souza a atual LDB - Lei 9394/96.

Baseada no princípio do direito universal à educação para todos, a LDB de 1996 trouxe diversas mudanças em relação às leis anteriores, como a inclusão da educação infantil (creche e pré-escola) como primeira etapa da educação básica.

“O texto aprovado em 1996 é resultado de um longo embate, que durou cerca de seis anos, entre duas propostas distintas. A primeira conhecida como Projeto Jorge Hage foi o resultado de uma série de debates abertos com a sociedade, organizados pelo Fórum Nacional em Defesa da Escola Pública, sendo apresentado na Câmara dos Deputados. A segunda proposta foi elaborada pelos senadores Darcy Ribeiro, Marco Maciel e Mauricio Correa em articulação com o poder executivo [por meio] do MEC”.

OBRIGATORIEDADE
Educação Básica: responsabilidades com:
Educação Infantil (creche e pré-escola) - prioridade dos municípios;
Ensino Fundamental  (pelo menos 9 anos) - prioridade dos municípios com a colaboração do Estado
-> Modificado pela Lei Federal n.º 11.274/06
Ensino Médio  - prioridade dos Estados

RESPIRANDO DEMOCRACIA
PPP(s)

QUANTO À AUTONOMIA, VEIGA (2003) ESCLARECE,

Que há um estreito vínculo entre o projeto político-pedagógico e a autonomia e, por meio dela, é que a instituição vai delinear sua identidade institucional. Considera que a autonomia representa a substância de uma nova organização no trabalho pedagógico, anula a dependência e assegura a definição de critérios para a vida escolar e acadêmica.

ANTUNES, (2002, P. 131)
Por conseguinte, a democracia escolar só se tornará efetiva a partir de um processo de gestão democrática, entendida “como uma das formas de superação do caráter centralizador, hierárquico e autoritário que a escola vem assumindo ao longo dos anos cujo objetivo maior é garantir a participação e a autonomia das escolas.”

Democracia implica, ainda, co-responsabilizar com os compromissos assumidos e, por isso, cabe-nos fiscalizar, acompanhar e avaliar as ações dos governantes, como também dos compromissos assumidos coletivamente.

EDUCAÇÃO ESPECIAL

Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta lei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais.

FORMAÇÃO DE PROFESSORES

Art. 62. A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos superiores de educação, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nas quatro primeiras séries do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade Normal.
Artigo regulamentado pelo Decreto no 3.276, de 6-12-1999.

REFERÊNCIAS:



ANTUNES, A. (2002): “Aceita um conselho? – como organizar o Colegiado Escolar”, in: Guia da Escola Cidadã, vol. 8. São Paulo: Cortez/Instituto Paulo Freire.


SAVIANI, Dermeval. As concepções pedagógicas na história da educação brasileira. http://www.histedbr.fae.unicamp.br/navegando/artigos_frames/artigo_036.html. Acesso 20 maio 2010

VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Inovações e projeto político-pedagógico: uma relação regulatória ou emancipatória? Cadernos Cedes, Campinas, v. 23, n. 61, p. 267-281, dezembro 2003. Disponível em: <http://www.cedes.unicamp.br>. Acesso em: 2 nov. 2011.


quinta-feira, 27 de agosto de 2015

DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM EM MATEMÁTICA: ASPECTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS DA PSICOPEDAGOGIA

DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM EM MATEMÁTICA: ASPECTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS DA PSICOPEDAGOGIA_http://sbem.esquiro.kinghost.net/anais/XIENEM/pdf/182_2084_ID.pdf

Sugiro a leitura do referido texto.

http://sbem.esquiro.kinghost.net/anais/XIENEM/pdf/182_2084_ID.pdf

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Orientações gerais para a elaboração de Monografia

Orientações gerais para a elaboração de Monografia

  1. Introdução
A introdução deve contextualizar o problema de pesquisa, ou seja, contar como você, pesquisador, chegou à questão norteadora da sua investigação. Em seguida, esclareça quais são seus objetivos, quais autores sustentaram sua fundamentação teórica, qual metodologia utilizou (deixando clara a abordagem e o procedimento), neste caso, a abordagem pode ser qualitativa e o procedimento uma pesquisa participante, enfim, há múltiplas possibilidades. É necessário também especificar um autor que sustentou a abordagem de sua pesquisa. Cite quais instrumentos de coleta de informações foram utilizados. Na elaboração deste texto dois critérios devem ser lembrados: 1. tudo é escrito no passado, pois trata-se de um relatório de pesquisa e não mais de um projeto, e; 2. à medida em que você contextualiza o problema e justifica a necessidade da pesquisa pode inserir autores, diferentemente do resumo, que contém a maioria dos dados aqui anunciados, porém de maneira enxuta. Ao final da introdução escreva o que o leitor encontrará nos próximos capítulos e seu encadeamento, ou seja, é o momento em que você mostrará sua capacidade de ler o todo do seu trabalho.

  1. Capítulo 1
Neste capítulo mencione tópicos que são importantes para sua fundamentação teória, inclusive o capítulo pode e deve ter um nome apropriado. Após o título do capítulo, elabore pelo menos 3 subtítulos que esclareçam por quais caminhos percorreu para sustentar teoricamente sua pesquisa.

  1. Capítulo 2
Este é o capítulo dedicado à sua metodologia de pesquisa. Aqui descreverá como foi que desenvolveu a pesquisa, qual procedimento sustentou o processo de investigação e quais instrumentos de coleta de informações utilizou. Após esta apresentação, descreverá minuciosamente as informações coletadas. Ao terminar a descrição das informações faça a relação dessas com a teoria, aí sim chegará ao processo de análie de dados e/ou informações. É o passo a mais que se requer em uma monografia: ir além de uma descrição de informações. O nome deste capítulo pode ser Metodologia da pesquisa.

  1. Considerações Finais
Além dos parágrafos iniciais que são decorrentes da análise do pesquisador, retome seus objetivos e analise se foram ou não atingidos, por que o processo ocorreu, quais fatores contribuíram para chegar aos resultados obtidos. Olhe para os resultados e faça novas perguntas. Que outros trabalhos decorrem da pesquisa que você elaborou, afinal, você põe um ponto final nesta pesquisa, entretanto, novos olhares são sempre bem-vindos.

     Referências

Utilize as normas da ABNT

domingo, 23 de agosto de 2015

Educação Oriental_Maria Sílvia Bacila Winkeler_História da Educação

EDUCAÇÃO ORIENTAL

Maria Sílvia Bacila Winkeler
História da Educação

Ligada a povos já “civilizados”;
Tornou-se intencional.
Transição da sociedade primitiva para os primeiros estágios da civilização
Caracteriza-se pelos seguintes aspectos:
Substituição da organização genética da sociedade por uma organização política.
  •  Org. genética – baseia-se na família;
  • Org. política – baseia-se na individualidade.

Formação de uma linguagem escrita e de uma literatura.
A ESCRITA SISTEMATIZADA – associada à organização social – conduziu à criação de escolas com a figura do “mestre”.
EDUCAÇÃO CHINESA
·        A história da China tem mais de dez mil anos.
·        Calcula-se a existência de mais de 25 mil ideogramas chineses;
·        Os nove livros sagrados utilizados como material educativo chinês contém menos de 5 mil ideogramas;
·        Livros sagrados – obras de CONFÚCIO e seus discípulos.
TEXTO DE CONFÚCIO:
“Os filhos a serviço dos pais, ao primeiro canto do galo, devem lavar as mãos, enxugar a boca, pentear-se, por em cima do cabelo o lenço de seda, firmá-lo com alfinete, amarrar o cabelo com a fita, escovar o que fica no ar, então colocar o barbante, deixando pendurados os extremos das tranças”.
(MÜLLER. Sacred books of the east. V. 37. p. 449, Apud MONROE, P. Op. Cit., p. 14)
CONTEÚDO DAS ESCOLAS CHINESAS:
Os alunos aprendiam a:
Dominar as formas de linguagem:
Decoravam os textos sagrados;
Decoravam os ideogramas.
ORDEM:
1º DECORAR;
2º DECORAR;
3º DECORAR.
ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO CHINESA
Em todas as aldeias havia escolas elementares.
Funcionavam em salas de casas particulares, templos, edifícios públicos.
Eram mantidas pelas contribuições dos alunos e ações voluntárias de associações.
Dias letivos – longos e duravam o ano todo.
Pequeno nº de crianças frequentava e pouquíssimas ultrapassavam o grau elementar (um vigésimo).
Os exames – ASPECTO CENTRAL.
Por seu intermédio eram escolhidos TODOS os funcionários públicos.
Consistiam na REDAÇÃO em prosa e verso dos temas das escrituras sagradas.
Os alunos podiam alcançar os seguintes graus:
Talento florido;
Homem promovido;
Completo erudito;
Apto para o cargo.
EDUCAÇÃO HINDU:
Não difere muito da chinesa.
Diferença deve-se ao sistema de castas.
São 4:
  1. Os BRÂMANES ou SACERDOTES – classe que “fornece” TODOS os PROFESSORES e “controla” TODA a LEGISLAÇÃO (Educação literária superior exclusiva – escrituras sagradas);
  2. Os XÁTRIAS – generais – classe militar;
  3.  Os VAICIAS – classe industrial;
  4.  Os SUDRAS – Classe servil.

XÁTRIAS, VAICIAS E SUDRAS - Recebiam educação da classe superior.
Os PÁRIAS eram considerados FORA DE CASTA. Não recebiam educação formal.
EDUCAÇÃO JUDAICA:
Diferem dos demais povos orientais: DERAM MAIS OPORTUNIDADE PARA O DESENVOLVIMENTO DA PERSONALIDADE.
“Enquanto as outras civilizações não destacavam a individualidade, por estarem seus membros mergulhados  nas práticas coletivas, os hebreus desenvolveram uma nova ética voltada para os valores da pessoa: os mandamentos são um apelo ao ser humano interior” (ARANHA, 2006, p. 49).
ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO HEBRAICA:
Não foram tão organizados quanto os chineses, pois não chegaram a possuir escolas para o povo.
TODA instrução ministrada pelos ESCRIBAS e SACERDOTES era centralizada na BÍBLIA e no TALMUDE.

O Talmude (em hebraico: תַּלְמוּד, Talmud) é um livro Sagrado dos judeus, um registro das discussões rabínicas que pertencem à lei, ética, costumes e história do judaísmo. É um texto central para o judaísmo rabínico.




Educação Primitiva_Maria Silvia Bacila Winkeler_História da Educação

EDUCAÇÃO PRIMITIVA
Maria Sílvia Bacila Winkeler
História da Educação
Comunidades tribais – educação difusa.
Objetivo da educação:
“PROMOVER O AJUSTAMENTO DA CRIANÇA AO SEU AMBIENTE FÍSICO E SOCIAL POR MEIO DA AQUISIÇÃO DA EXPERIÊNCIA DE GERAÇÕES PASSADAS”. (PILLETTI, 1993, p. 43).
Embora não existam provas, historiadores deduzem que a educação entre os grupos primitivos ocorria de forma espontânea.
Crianças  aprendiam por imitação ao observarem os mais velhos em suas atividades do cotidiano: a pesca, a caça, a agricultura.
Na juventude a imitação passa a ser consciente – da brincadeira passa a:
  • Construção de utensílios,
  • Caça e pesca,
  • Guarda do gado,
  • Trabalhos agrícolas.

CERIMÔNIAS DE INICIAÇÃO:
  • Passagem da adolescência à vida adulta;
  • Valor moral – mutilações – aprende a suportar a dor, a tolerar, suportar a fome;
  • Valor social e político: subserviência, obediência – reverência aos mais velhos;
  • Valor religioso – totem é o centro das cerimônias.

Os povos primitivos acreditavam no animismo. Consistia na crença de que todas as coisas possuíam alma ou espírito. Portanto, procuravam agir de maneira que não ofendessem o espírito que habitava nos objetos de que precisavam.
Os RITUAIS exigiam métodos e orientações dos MAIS EXPERIENTES.
Quem realizava as cerimônias e a sua instrução inicialmente eram os chefes dos grupos familiares.
Chamados: CURANDEIROS, XAMÃS, FEITICEIROS.
Primeira relação com o SACERDÓCIO.

Posteriormente, repassou-se este ofício aos sacerdotes, tornando-se os primeiros professores. (PILETTI, 1993).





Memorial para História da Educação

Memorial é um documento descritivo relativo a uma pessoa, no qual aparecem suas expressões sobre sua aprendizagem, os acertos, as vitórias, os avanços, mas, também as falhas, os momentos difíceis e as dúvidas.
Memorial é “uma espécie de diário”, no qual você poderá escrever acontecimentos memoráveis vivenciadas, os gostos e desgostos ao longo do caminho percorrido na trajetória acadêmica e profissional, relatando também adaptações, modificações e reflexões sobre vários momentos vivenciados no percurso.
Memorial é então, o registro da história de sua aprendizagem e de seu cotidiano, visto por múltiplas facetas através das experiências adquiridas.
Destacar elementos que, marcados por quebra de paradigmas, por coerência e incoerência e por meio das relações estabelecidas com o mundo lhe possibilitaram a construção de sua trajetória acadêmica que envolve a pessoa e o profissional.

Sugestões de Leitura

Sugestões de leitura!

A escola justa
http://www.scielo.br/pdf/cp/v34n123/a02v34123.pdf

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Apresentação - Pesquisa em História da Educação. Maria Silvia Bacila Winkeler

HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO COMO CAMPO DE POSSIBILIDADES INVESTIGATIVAS
Maria Silvia Bacila Winkeler
Disciplina: História da Educação
A lembrança não pode ser vista como uma coisa nostálgica, mas como uma forma de pensar o presente para se pensar o futuro sombrio. (Augusto Boal)
FONTES DE PESQUISA PARA A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
As fontes de pesquisa em História e História da Educação vêm se transformando, nas últimas décadas, em foco privilegiado de atenção, traduzido por inúmeras publicações que tratam do que alguns autores denominam de novas fontes, como também de discussões sobre as novas tecnologias utilizadas para o registro, a organização e a preservação de documentos em banco de dados ou para a informatização de acervos documentais. Soma-se a isso, a publicação de coletâneas que disponibilizam e facilitam o acesso a fontes de investigação. (ANDREOTTI, 2005)
DIVERSIFICAÇÃO DE FONTES AMPLIA O CONCEITO DE DOCUMENTO
A diversificação de fontes de informação, consequência do alargamento dos campos da História, trouxe novos objetos e a ampliação das fontes, dinamizando o conceito de documento, que segundo BELLOTO (1991, p. 14) é qualquer elemento gráfico, iconográfico, plástico ou fônico pelo qual o homem se expressa.
APROXIMAÇÃO DA HISTÓRIA E A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
A extensão de fontes para a pesquisa aproximou a História e a História da Educação de áreas do conhecimento, tais como, a Arquivologia, a Biblioteconomia e a Arqueologia. Atualmente, acrescentam-se as técnicas de informática, cada vez mais usuais no trabalho de armazenamento, organização e divulgação de informações. Com isso, o pesquisador da História e da História da Educação se depara com termos próprios de outras áreas de investigação, o que torna necessário revisitar certas definições.
ACERVO
No exame do conceito de acervo, palavra de origem latina que significa acumulação e muitas vezes referenciada como velharia, vem a ideia de passado, da acumulação de indícios, que se materializam em documentos, em bens ou em patrimônio. A quantidade é uma das variantes a que se submete o acervo que compõe os arquivos, as bibliotecas, os museus e os centros de documentação, onde encontramos um conjunto desses indícios, identificado com o que denominamos fontes de pesquisa, classificadas em primárias e secundárias.
FONTES: PRIMÁRIAS E SECUNDÁRIAS
O termo “fontes” está associado à origem, à procedência, à fonte de consulta que fornece informações. Na filologia, área do conhecimento que privilegia o estudo de documentos escritos antigos, fonte é termo identificado como texto ou documento original. As fontes de pesquisas para a História e as discussões em torno da especificidade desses documentos fazem parte de estudos como o de RODRIGUES (1969, p.143), que nos informa sobre os instrumentos dos trabalhos históricos, classificando-os em fontes primárias ou originais, como aquelas que contém informações de testemunho direto dos fatos e fontes secundárias ou derivadas, que contém uma informação colhida por terceiros. Uma mesma fonte pode ser primária em certos pontos e secundária em outros, completa este autor.
CATÁLOGOS E INVENTÁRIOS
No trabalho com fontes de pesquisa nos deparamos com publicações que recuperam documentos e trazem de forma ordenada essas informações. É o caso dos catálogos, um trabalho instrumental com a função de qualificar e ordenar informações, com o objetivo de divulgar os diversos documentos de um acervo, de uma biblioteca ou de um arquivo; como também a publicação de inventários, muitas vezes temáticos, elaborados a partir de um levantamento minucioso e sequencial nos catálogos disponíveis.
MUITO MAIS DO QUE COMPILAR INFORMAÇÕES...
Esses trabalhos não são mera reunião de informações, mas trazem consigo uma forma de conhecimento. A produção desses instrumentos de pesquisa, tais como, guias, catálogos e inventários facilitam, divulgam um acervo e diminuem a dispersão de informações. Da mesma forma assiste-se a um esforço de várias instituições na criação de Centros de Memória e de Documentação, de Museus Escolares etc., objetivando a coleta, a compilação e a preservação de acervos documentais de uma forma geral.
SAVIANI (2005, P.5) ADVERTE:
Os documentos são o ponto de partida e somente se constituem em fontes de pesquisa a partir da indagação do pesquisador. Observa que as fontes históricas não são a origem do fenômeno histórico, não são as fontes da história, mas documentos que nos fornecem informações para a compreensão de dado fenômeno.
NADA É FONTE...
Nada é fonte de pesquisa até que o pesquisador formule suas questões ou como bem assinala HOBSBAWM (1998, p. 220), em geral, não existe material algum até que nossas perguntas o tenham revelado.
AS CONDIÇÕES...
No tratamento das fontes de pesquisa, algumas observações devem ser consideradas. Sem dúvida, o relato do processo da pesquisa, as dificuldades encontradas, o estado de conservação do material, as condições de guarda etc., são informações importantes, que esclarecem o trabalho de coleta e organização de fontes, complementadas com a descrição dos documentos, sua importância e especificidade, como uma etapa inicial do trabalho.
PARA ANDREOTTI (2005),
A necessidade de selecionarmos o material, o que corresponde a uma intenção e conhecimento prévio do pesquisador, que concedem, muitas vezes, olhares distintos sobre a mesma fonte de investigação; o cuidado em não nos deixarmos influenciar por uma visão impregnada do presente; a necessidade de ultrapassarmos a mera descrição do documento, observando que o documento não contém um caráter explicativo em si, são procedimentos que transformam essas fontes em objetos de pesquisa.
CERTEAU (2005),
“Observo o risco de se avaliar com os critérios do presente um debate do passado”
HOBSBAWM (1998, P. 229),
A problematização dentro de um quadro explicativo e de um referencial teórico; a reunião de informações muitas vezes fragmentadas e as conexões possíveis com um universo mais amplo transformam as fontes em significados explicativos e levarão o pesquisador a não só descobrir o passado, mas explicá-lo, e ao fazer isso, fornecer um elo com o presente.
CUIDADOS, SEGUNDO ANDREOTTI (2005),
As fotografias são suportes que chamam a atenção por se constituírem em testemunhos que investem de caráter momentos que se perdem, que se transformam e muitas vezes, idealizados.
COMO SONTAG (1981, P.71),
A fotografia se apresenta como apenas um fragmento, e com o passar do tempo suas amarras se desprendem. À deriva, vai-se transformando em passado difuso e abstrato, aberto a qualquer tipo de leitura.
O BANCO DE DADOS
O projeto “Levantamento e Catalogação das Fontes primárias e secundárias para a História da Educaçãoelaborado em 1991, quatro anos após a criação do Grupo de Estudos e Pesquisas “História, Sociedade e Educação no Brasil” – HISTEDBR, foi uma proposta de trabalho coletiva visando a recuperação de fontes de pesquisa em História da Educação, como também aglutinar Grupos de Trabalho através de um projeto comum. Atualmente, esse é um projeto permanente de vários Gts que compõem o HISTEDBR e se constitui em um esforço de investigação e disponibilização de documentos necessários aos pesquisadores em História da Educação e como bem assinala LOMBARDI (2000, p. 145), é um trabalho instrumental e subsidiário para o desenvolvimento de projetos dos vários Gts.
PESQUISAS HISTÓRICAS E ALGUMAS POSSIBILIDADES DE COMPREENSÃO – SUGESTÕES!
OS SENTIDOS DA ALFABETIZAÇÃO – SÃO PAULO 1876/1994 – Maria do Rosário Longo Mortatti;
O MOVIMENTO DA MATEMÁTICA MODERNA NO PARANÁ 1960/1980 – Reginaldo Rodrigues da Costa;
INFÂNCIA E EDUCAÇÃO INFANTIL: UMA ABORDAGEM HISTÓRICA – Moysés Kuhlmann Jr.