sexta-feira, 13 de maio de 2016

APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA

APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA NOS ANOS INICIAIS
Prof.ª Maria Sílvia Bacila Winkeler
       Abordagens
       Processo de Aprendizagem do estudante nos Anos Iniciais
       Planejamento do Professor com vistas a integração das áreas do conhecimento
       Base Nacional Comum Curricular e suas demandas
O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DA BNCC
A elaboração de uma base comum para os currículos nacionais, na perspectiva de um pacto interfederativo, teve início com a constituição de um Comitê de Assessores e Especialistas, com ampla representatividade, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.
Compuseram este Comitê professores universitários, atuantes na pesquisa e no ensino das diferentes áreas de conhecimento da Educação Básica, docentes da Educação Básica e técnicos das secretarias de educação, esses dois últimos indicados pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação (CONSED) e pela União Nacional de Dirigentes Municipais de Educação (UNDIME).
CAMINHOS PARA ELABORAÇÃO DA BNCC
Os resultados da consulta pública foram analisados por equipes de pesquisadores da Universidade Federal de Brasília e da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e consolidados em relatórios enviados ao Comitê que, com base nesses dados e, ainda, nos relatórios analíticos e pareceres de leitura crítica, elaboraram a segunda versão do documento.
BNCC, PLANEJAMENTO, GESTÃO PEDAGÓGICA E CURRÍCULO
Ao deixar claros os conhecimentos essenciais, a que todos os estudantes brasileiros tem o direito de acesso e de apropriação durante sua trajetória na Educação Básica, desde o ingresso na Creche até o final do Ensino Médio, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) constitui-se parte importante do Sistema Nacional de Educação.
Configura-se como parâmetro fundamental para a realização do planejamento curricular, em todas as etapas e modalidades de ensino, a ser consolidado no Projeto Político Pedagógico (PPPs) das Unidades Educacionais (UEs), de acordo com o inciso I, do artigo 12, da Lei 9.394 (LDB).
PPP
É fundamental que cada unidade escolar se organize para a formulação do PPP, considerando: o Plano Nacional de Educação (PNE), bem como os demais Planos Estaduais e Municipais; as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica; a BNCC e os documentos orientadores das políticas educacionais, produzidos pelas secretarias ou departamentos de educação; as avaliações nacionais; as avaliações regionais realizadas pelos órgãos dirigentes da educação e pelas UEs em relação aos processos e resultados de trabalho do ano anterior.
Vale destacar, nesse caso, a necessidade de que os educadores conversem entre si sobre o desenvolvimento e a aprendizagem dos alunos.
No âmbito das escolas, os PPPs deverão expressar as
estratégias didáticas e metodológicas,
mediações pedagógicas
que permitem mobilizar essas estratégias, a partir das características do/das estudantes e do que propõem os documentos curriculares .
Tais mediações devem proporcionar o estabelecimento de relações entre os conhecimentos, a serem desenvolvidos no âmbito do currículo (base comum e parte diversificada) e as características e necessidades cognitivas dos educandos.
OS DIREITOS DE APRENDIZAGEM
Os direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento serão tanto mais efetivos quanto estiverem indissociavelmente relacionados às experiências culturais dos sujeitos, que não devem ser tratados indistintamente, ou considerados apenas em função das características gerais de sua faixa etária e condição social. Em outras palavras: não há concretização de objetivos de aprendizagem sem a consideração dos reais sujeitos de aprendizagem.
Trata-se de superar as orientações que, ao longo da história, tem transferido para os alunos toda a responsabilidade por suas dificuldades.
Para que sejam garantidos os direitos de aprendizagem e desenvolvimento, o trabalho educativo não pode estar restrito às práticas de cada professor, mas deve ser parte de um planejamento mais amplo, de toda a UE.
A INTEGRAÇÃO DE SABERES NOS PROCESSOS DE ENSINO E APRENDIZAGEM
Integração, pensa-se na formação de um todo pela adição ou combinação de partes.
A  integração de saberes é uma oportunidade de pensarmos sobre os “todos” e as “partes”.
Vianna e Santos (2015, p. 9) asseveram:
Os saberes, se fossem assim misturados, não estariam mais condicionados pela “disciplina”: a matemática seria parte integrante da música pois as notas são escritas com um tempo certo, mas quando se aprende notação musical não se está aprendendo matemática e, por outro lado, a música é parte da história e isso nos levaria a pensar nos sons que eram ouvidos em outras épocas quando não se usavam ainda as sete notas musicais que hoje parecem “naturais”. Mas é difícil para nós trabalharmos assim pois uma das primeiras coisas que seríamos levados a pensar seria em como delimitar o tempo que gastaríamos com a história, com a arte, com a língua portuguesa e com a matemática... Na perspectiva de uma integração de saberes como amálgama o nosso modo de planejamento teria que ser diferente desse “disciplinar”.
Será que nós sabemos trabalhar com um amálgama de saberes?
Ainda que não saibamos “como fazer” um amálgama de saberes,  esta “integração de saberes” nos exige disposição, planejamento e abertura para aprender a trabalhar com conteúdos que não se domina tão bem quanto outros.
O que são SABERES?
Processo avaliativo e processo de ensino e aprendizagem
Por que avaliamos?
Como avaliamos?
Para que avaliamos?
O que se aprende com a avaliação?
Ausubel...
A aprendizagem significativa leva em consideração o processo de organização das informações e como essas informações se tornam conhecimento de tal maneira que o sujeito seja capaz de realizar a transferência de conhecimento, ou seja, utilizá-lo em diferentes contextos.
Opõe-se à aprendizagem mecânica, pois considera que essa ocorre quando se utiliza informações sem significado, com pouca ou nenhuma associação com conceitos já existentes.
Pontos de ancoragem...
Ausubel chama de pontos de ancoragem as ideias que o sujeito já possui para poder receber novas informações. Há a necessidade de que se tenha pontos de ancoragem, ou seja, a estrutura cognitiva suficiente para o acesso a novas informações de maneira que a aprendizagem seja significativa.
SUBSUNÇOR
A teoria da aprendizagem  de Ausubel propõe que os conhecimentos prévios dos alunos sejam valorizados, para que possam construir estruturas mentais utilizando, como meio, mapas conceituais que permitem descobrir e redescobrir outros conhecimentos
Reconciliação integrativa (interação evolutiva entre novos" e "velhos" "dados)
Aprendizagem mecânica 
ideias âncoras (conhecimento anterior resultará num "ponto de ancoragem“),
subsunçores (é uma estrutura específica ao qual uma nova informação pode se integrar ao cérebro humano)
Diferenciação progressiva
Mas ocorre como?
Ativo...
Bransford at. al. (2007) assevera que os seres humanos são vistos como agentes guiados por objetivos, que procuram informações de modo ativo.
Explica: “chegam à educação formal com uma série de conhecimentos, habilidades, crenças e conceitos prévios, que influenciam significativamente o que percebem sobre o ambiente e o modo como organizam e interpretam essa percepção” (p. 27).
Ainda Bransford at. al.
Quando o professor dá atenção a esse conhecimento prévio trazido pelos alunos garantem um caminho para uma aprendizagem significativa, porém, há a necessidade do docente identificar se esse conhecimento prévio traz uma visão distorcida que possa impedir o aluno de perceber a nova informação.

Maria Sílvia Bacila Winkeler



2 comentários:

  1. Aprendizagem Significativa foi meu tema na dissertação de Mestrado há 26 anos. Sempre foi meu foco de estudos .

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