APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA NOS ANOS INICIAIS
Prof.ª Maria Sílvia Bacila Winkeler
• Abordagens
• Processo
de Aprendizagem do estudante nos Anos Iniciais
• Planejamento
do Professor com vistas a integração das áreas do conhecimento
• Base
Nacional Comum Curricular e suas demandas
O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DA
BNCC
A elaboração de uma base comum para os currículos nacionais,
na perspectiva de um pacto interfederativo, teve início com a constituição de
um Comitê de Assessores e Especialistas, com ampla representatividade, dos
estados, do Distrito Federal e dos municípios.
Compuseram este Comitê professores universitários, atuantes
na pesquisa e no ensino das diferentes áreas de conhecimento da Educação
Básica, docentes da Educação Básica e técnicos das secretarias de educação,
esses dois últimos indicados pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação
(CONSED) e pela União Nacional de Dirigentes Municipais de Educação (UNDIME).
CAMINHOS PARA ELABORAÇÃO DA
BNCC
Os resultados da consulta pública foram analisados
por equipes de pesquisadores da Universidade Federal de Brasília e da
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e consolidados em relatórios
enviados ao Comitê que, com base nesses dados e, ainda, nos relatórios
analíticos e pareceres de leitura crítica, elaboraram a segunda versão do
documento.
BNCC, PLANEJAMENTO, GESTÃO
PEDAGÓGICA E CURRÍCULO
Ao deixar claros os conhecimentos essenciais, a que todos os
estudantes brasileiros tem o direito de acesso e de apropriação durante sua
trajetória na Educação Básica, desde o ingresso na Creche até o final do Ensino
Médio, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) constitui-se parte importante do
Sistema Nacional de Educação.
Configura-se como parâmetro fundamental para a realização do
planejamento curricular, em todas as etapas e modalidades de ensino, a ser
consolidado no Projeto Político Pedagógico (PPPs) das Unidades Educacionais
(UEs), de acordo com o inciso I, do artigo 12, da Lei 9.394 (LDB).
PPP
É fundamental que cada unidade escolar se organize para a
formulação do PPP, considerando: o Plano Nacional de Educação (PNE), bem como
os demais Planos Estaduais e Municipais; as Diretrizes Curriculares Nacionais
para a Educação Básica; a BNCC e os documentos orientadores das políticas
educacionais, produzidos pelas secretarias ou departamentos de educação; as
avaliações nacionais; as avaliações regionais realizadas pelos órgãos
dirigentes da educação e pelas UEs em relação aos processos e resultados de
trabalho do ano anterior.
Vale destacar, nesse caso, a necessidade de que os
educadores conversem entre si sobre o desenvolvimento e a aprendizagem dos
alunos.
No âmbito das escolas, os PPPs deverão expressar as
estratégias didáticas e metodológicas,
mediações pedagógicas
que permitem mobilizar essas estratégias, a partir das
características do/das estudantes e do que propõem os documentos
curriculares .
Tais mediações devem proporcionar o estabelecimento de
relações entre os conhecimentos, a serem desenvolvidos no âmbito do
currículo (base comum e parte diversificada) e as características e
necessidades cognitivas dos educandos.
OS DIREITOS DE APRENDIZAGEM
Os direitos e objetivos de aprendizagem e
desenvolvimento serão tanto mais efetivos quanto estiverem
indissociavelmente relacionados às experiências culturais dos sujeitos,
que não devem ser tratados indistintamente, ou considerados apenas em função
das características gerais de sua faixa etária e condição social. Em outras
palavras: não há concretização de objetivos de aprendizagem sem a consideração
dos reais sujeitos de aprendizagem.
Trata-se de superar as orientações que, ao longo da
história, tem transferido para os alunos toda a responsabilidade por suas dificuldades.
Para que sejam garantidos os direitos de aprendizagem e
desenvolvimento, o trabalho educativo não pode estar restrito às práticas de
cada professor, mas deve ser parte de um planejamento mais amplo, de toda a UE.
A INTEGRAÇÃO DE SABERES NOS
PROCESSOS DE ENSINO E APRENDIZAGEM
Integração, pensa-se na
formação de um todo pela adição ou combinação de partes.
A integração de saberes é uma oportunidade
de pensarmos sobre os “todos” e as “partes”.
Vianna e Santos (2015, p. 9) asseveram:
Os saberes, se fossem assim misturados, não estariam mais
condicionados pela “disciplina”: a matemática seria parte integrante da música
pois as notas são escritas com um tempo certo, mas quando se aprende notação
musical não se está aprendendo matemática e, por outro lado, a música é parte
da história e isso nos levaria a pensar nos sons que eram ouvidos em outras
épocas quando não se usavam ainda as sete notas musicais que hoje parecem
“naturais”. Mas é difícil para nós trabalharmos assim pois uma das primeiras
coisas que seríamos levados a pensar seria em como delimitar o tempo que
gastaríamos com a história, com a arte, com a língua portuguesa e com a
matemática... Na perspectiva de uma integração de saberes como amálgama o nosso
modo de planejamento teria que ser diferente desse “disciplinar”.
Será que nós sabemos trabalhar
com um amálgama de saberes?
Ainda que não saibamos “como fazer” um amálgama de
saberes, esta “integração de saberes”
nos exige disposição, planejamento e abertura para aprender a
trabalhar com conteúdos que não se domina tão bem quanto outros.
O que são SABERES?
Processo avaliativo e processo
de ensino e aprendizagem
Por que avaliamos?
Como avaliamos?
Para que avaliamos?
O que se aprende com a
avaliação?
Ausubel...
A aprendizagem significativa leva
em consideração o processo de organização das informações e como essas
informações se tornam conhecimento de tal maneira que o sujeito seja capaz de
realizar a transferência de conhecimento, ou seja, utilizá-lo em
diferentes contextos.
Opõe-se à aprendizagem mecânica,
pois considera que essa ocorre quando se utiliza informações sem significado,
com pouca ou nenhuma associação com conceitos já existentes.
Pontos de ancoragem...
Ausubel chama de pontos de
ancoragem as ideias que o sujeito já possui para poder receber novas
informações. Há a necessidade de que se tenha pontos de ancoragem, ou seja,
a estrutura cognitiva suficiente para o acesso a novas informações de maneira
que a aprendizagem seja significativa.
SUBSUNÇOR
A teoria da aprendizagem de Ausubel propõe que os conhecimentos
prévios dos alunos sejam valorizados, para que possam construir estruturas
mentais utilizando, como meio, mapas conceituais que permitem descobrir e
redescobrir outros conhecimentos
Reconciliação integrativa (interação
evolutiva entre novos" e "velhos" "dados)
Aprendizagem mecânica
ideias âncoras (conhecimento
anterior resultará num "ponto de ancoragem“),
subsunçores (é uma estrutura
específica ao qual uma nova informação pode se integrar ao cérebro humano)
Diferenciação progressiva
Mas ocorre como?
Ativo...
Bransford at. al. (2007) assevera
que os seres humanos são vistos como agentes guiados por objetivos, que
procuram informações de modo ativo.
Explica: “chegam à educação
formal com uma série de conhecimentos, habilidades, crenças e conceitos
prévios, que influenciam significativamente o que percebem sobre o ambiente e o
modo como organizam e interpretam essa percepção” (p. 27).
Ainda Bransford at. al.
Quando o professor dá atenção a
esse conhecimento prévio trazido pelos alunos garantem um caminho para uma
aprendizagem significativa, porém, há a necessidade do docente identificar se
esse conhecimento prévio traz uma visão distorcida que possa impedir o aluno de
perceber a nova informação.
Maria Sílvia Bacila Winkeler
Aprendizagem Significativa foi meu tema na dissertação de Mestrado há 26 anos. Sempre foi meu foco de estudos .
ResponderExcluirÉ um tema que não envelhece!
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