terça-feira, 4 de outubro de 2016

Educadores dos séculos XVIII e XIX

ROUSSEAU, PESTALOZZI, HERBART, FROEBEL


       ROUSSEAU - Jean-Jacques Rousseau – nasceu em Genebra, 28 de Junho de 1712 - faleceu na França, 2 de Julho de 1778) foi um importante filósofo, teórico político, escritor e compositor autodidata suíço.
       É considerado um dos principais filósofos do iluminismo e do Movimento Naturalista.
       Biografia – Rousseau (1712-1778)
       Nasceu protestante, tornou-se católico e retornou ao protestantismo.
       Perdeu a mãe ao nascer e foi educado por um pastor protestante  na Suíça. Em Genebra exerceu vários ofícios, entre eles o de gravador. Foi ainda professor de música em Lausanne (também na Suíça).
       Viveu em Paris por volta dos anos 1740 e colaborou com a Enciclopédia de Diderot e D’Alembert.
       Em 1749, a Academia de Dijon propôs um prêmio para quem respondesse à seguinte questão: "O estabelecimento das ciências e das artes terá contribuído para aprimorar os costumes?"  - PRÊMIO. Várias obras...
       Biografia – Rousseau (1712-1778)
       Obras: O contrato social – obra que inspirou a Revolução Francesa (1789-1799).
       Obra: Emílio ou Da Educação
*      Um dos objetivos do livro era criticar a educação elitista de seu tempo, que tinha nos padres jesuítas os expoentes. Condenava os métodos de ensino utilizados por se ampararem basicamente na repetição e memorização de conteúdos, e pregava sua substituição pela experiência direta por parte dos alunos, a quem caberia conduzir pelo próprio interesse o aprendizado.
*      Mais do que instruir, a educação deveria se preocupar com a formação moral e política.
       Final da vida: complexo de perseguição e loucura.
       Contribuições
       Pedagogia de Rousseau representou a primeira tentativa radical e apaixonada de oposição  à pedagogia da essência e de criação de perspectivas para uma pedagogia da existência.
*      Pedagogia da essência – pauta-se nas ideias de Platão e considera a necessidade de aperfeiçoar o aluno, o qual sairá “da caverna” para o “mundo das ideias” – sempre a imperfeição para a busca da perfeição.
*      Pedagogia da existência – pauta-se nos princípios darwinianos e entende que o desenvolvimento ocorre de acordo com a união da educação com a vida.
       Contribuições
       Rousseau via o jovem como um ser integral, e não uma pessoa incompleta, e intuiu na infância várias fases de desenvolvimento, sobretudo cognitivo.
       Foi um precursor da pedagogia de Maria Montessori (1870-1952) e John Dewey (1859-1952).
       Rousseau sistematizou uma nova concepção de educação que pavimentou a chamada ESCOLA NOVA.

       Johann Heinrich Pestalozzi (Zurique, 12 de janeiro de 1746 — Brugg, 17 de fevereiro de 1827)
       Foi um pedagogista suíço e educador pioneiro da reforma educacional.
       Biografia – Pestalozzi (1746-1827)
       Desde os tempos de estudante participou de movimento de reforma política e social.
       Em 1774 fundou um orfanato onde tentou ensinar rudimentos da agricultura e do comércio aos órfãos, porém a inciativa fracassou.
       Publicou um romance – LEONARDO E GERTRUDES – delineava suas ideias de reforma política, moral e social.
       Biografia – Pestalozzi (1746-1827)
       Em 1805 fundou o famoso Internato de YVERDON.
Funcionou durante 20 anos.
 Frequentado por estudantesde toda a Europa.
       Contribuições de Yverdon
       Currículo de YVERDON

       Segundo Silva e Vieira (2014),
        Instituto Pestalozzi, criado em Curitiba, em 1943, pelo intelectual paranaense Erasmo Pilotto (1910-1992). Considerado pela história da educação no Paraná como um dos principais interlocutores do Movimento pela Escola Nova no Estado, Pilotto teve suas concepções educacionais pautadas por autores como: Montessori e Peslatozzi, que resignificados o levaram a uma concepção de educação que teve na arte e na cultura seu princípio formativo.  
       O Instituto Pestalozzi funcionou na Rua Comendador Araújo, 341, Curitiba, no período de 1943 a 1945.
       Johann Friedrich Herbart nasceu na Alemanha, em 4 de maio de 1776 — faleceu em 11 de agosto de 1841.
       Filósofo, teórico da educação e psicólogo alemão do século XIX inaugurou a análise sistemática da educação e mostrou a importância da psicologia na teorização do ensino.
       Biografia - Herbart (1776 – 1841)
Aos 18 anos, já era aluno do filósofo Johann Fichte (1762-1814) na Universidade de Jena.  Fichte foi um filósofo alemão que desenvolveu seus escritos a partir dos estudos de Kant (1724-1804). Pode-se dizer que sua obra é uma ponte entre Kant e Hegel (1770-1831). Interessou-se amplamente pela subjetividade.
Logo em seguida, trabalhou durante quatro anos como professor particular na Suíça, período em que ficou amigo do educador Johann Heinrich Pestalozzi (1746-1827).
Tornou-se professor na Universidade de Göttingen em 1802.
Seis anos depois, assumiu a cátedra deixada por Immanuel Kant (1724-1804) em Königsberg, onde lecionou até 1833, quando reassumiu o posto de professor de filosofia em Göttingen.
 Posteriormente fundou um seminário pedagógico com uma escola de aplicação e um internato.
Dos estudos mais importantes foi chegar a um esboço da Pedagogia.
       Contribuições:
       A pedagogia foi formulada pela primeira vez como uma ciência, de maneira abrangente e sistemática, com fins claros e meios definidos.
       A estrutura teórica se baseia numa filosofia do funcionamento da mente, o que a torna duplamente pioneira:
*      caráter científico
*      adotar a psicologia aplicada como eixo central da educação.
       Caráter científico
       A doutrina pedagógica, para ser realmente científica, precisa ser comprovada experimentalmente - uma premissa do filósofo Immanuel Kant (1724-1804) que ele desenvolveu.
       Surgiram as escolas de aplicação, que conhecemos até hoje. Elas respondem à necessidade de alimentar a teoria com a prática e vice-versa, num processo de atualização e aperfeiçoamento constantes.
       Psicologia como eixo
       A mente funciona com base em representações - que podem ser imagens, ideias ou qualquer outro tipo de manifestação psíquica isolada. 
       Contribuições:
       Sugeriu que cada lição obedecesse a fases estabelecidas ou a passos formais.
       E tivesse os seguintes princípios:

       O alemão Friedrich Froebel (1782-1852) foi um dos primeiros educadores a considerar o início da infância como uma fase de importância decisiva na formação das pessoas.
       Biografia – Froebel (1782-1852)
       Filho de um pastor protestante, Friedrich Froebel nasceu no sudeste da Alemanha, em 1782. Nove meses depois de seu nascimento, sua mãe faleceu.
       Adotado por um tio, viveu uma infância solitária, em que se empenhou em aprender matemática e linguagem e a explorar as florestas perto de onde morava.
       Após cursar informalmente algumas matérias na Universidade de Jena, tornou-se professor e ainda jovem fez uma visita à escola do pedagogo Johann Heinrich Pestalozzi (1746-1827), em Yverdon, na Suíça.
       Em 1811, foi convocado a lutar nas guerras napoleônicas.
       Fundou sua primeira escola em 1816, na cidade alemã de Griesheim. Dois anos depois, a escola foi transferida para Keilhau, onde Froebel pôs em prática suas teorias pedagógicas.
       Biografia – Froebel (1782-1852)
       Em 1826, publicou seu livro mais importante, A Educação do Homem.
       Em seguida, foi morar na Suíça, onde treinou professores e dirigiu um orfanato.
       Todas essas experiências serviram de inspiração para que ele fundasse o primeiro jardim de infância , na cidade alemã de Blankenburg.
       Paralelamente, administrou uma gráfica que imprimiu instruções de brincadeiras e canções para serem aplicadas em escolas e em casa.
       Biografia – Froebel (1782-1852)
       Em 1851, confundindo Froebel com um sobrinho esquerdista, o governo da Prússia proibiu as atividades dos jardins de infância .
       O educador morreu no ano seguinte.
       Os jardins de infância rapidamente se espalharam pela Europa e Estados Unidos e foram incorporados aos preceitos educacionais do filósofo John Dewey (1859-1952). 
       Segundo ARCE,
       “Ele procurava na infância o elo que igualaria todos os homens, sua essência boa e divina ainda não corrompida pelo convívio social”. 
       Contribuições
       Educação para crianças menores de 7/8 anos.
       Brincadeiras são o primeiro recurso no caminho da aprendizagem e não somente diversão.
       As brincadeiras constituem-se em um modo de criar representações do mundo concreto com a finalidade de entendê-lo.
       Por meio de brinquedos que desenvolveu depois de analisar crianças de diferentes idades, Froebel previu uma educação que ao mesmo tempo permite o treino de habilidades que elas já possuem e o surgimento de novas.

Fonte: GADOTTI, Moacir. História das Ideias Pedagógicas. 6. ed. São Paulo: Ática, 1998.


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